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Perfil: Edilson Capetinha, baiano dos dribles, da irreverência e pentacampeão mundial

Ex-atacante completou 53 anos no dia 17 de setembro e foi um dos grandes nomes do futebol brasileiro nos anos […]

Perfil: Edilson Capetinha, baiano dos dribles, da irreverência e pentacampeão mundial

Foto: Acervo CBF

Ex-atacante completou 53 anos no dia 17 de setembro e foi um dos grandes nomes do futebol brasileiro nos anos 1990 e início dos anos 2000

O futebol dos anos 1990 é lembrado com muita nostalgia por vários torcedores, numa época de craques em vários times. Um dos grandes nomes que marcou essa geração é Edilson Capetinha.

O ex-atacante baiano, de 53 anos recém completados no dia 17 de setembro de 2023, ficou marcado pelo seu estilo irreverente, driblador, provocador e decisivo.

Ele foi pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002 e fez parte de grandes times de Corinthians, Flamengo, Palmeiras, entre outros, juntamente com passagens pelo exterior.

Confira, em mais um perfil trazido pelo Click Esportivo, a história de Edilson Capetinha. Multicampeão, onde conquistou não só títulos, mas também a idolatria de vários dos clubes de maior torcida no país.

Edilson Capetinha usou a camisa 20 e esteve presente na conquista do pentacampeonato mundial do Brasil, em 2002
Edilson Capetinha usou a camisa 20 e esteve presente na conquista do pentacampeonato mundial do Brasil, em 2002. Foto: Acervo CBF

Quem é Edilson Capetinha?

Baiano da capital, Salvador, Edilson da Silva Ferreira ficou conhecido como Edilson Capetinha por conta da sua habilidade. Grande driblador, ele “infernizava” as defesas adversárias. Não só pelas fintas, mas também por ser provocador. Isso tirava os adversários do sério e ele sabia fazer muito bem.

O ex-jogador teve 20 anos de carreira profissional, além de um “retorno” em 2016. Ao todo, foram 15 clubes defendidos por Edilson Capetinha.

São eles: Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Vasco, Cruzeiro, Vitória, Bahia, Guarani, São Caetano, Tanabi-SP, Industrial-ES, Taboão da Serra-SP, Benfica-POR, Kashiwa Reysol-JAP e Al Ain-EAU.

Atualmente, Edilson é comentarista esportivo, tendo passado pela TV Bandeirantes – onde rendia várias discussões e memes com o Craque Neto -, além da Rede TV. O ex-jogador também participou do reality show “Dança dos Famosos”, na TV Globo.

Fora de campo, alguns momentos não foram legais assim. Ele já foi preso algumas vezes por dever o pagamento de pensão alimentícia, mas foi rapidamente liberado nessas ocasiões.

Além de também se envolver em polêmicas quando era comentarista, em discussões mais ríspidas em programas e outros problemas, ao ser investigado em casos de golpes financeiros – mas Edilson foi inocentado pela Justiça.

Edilson Capetinha, quando defendeu o Benfica entre 1994 e 1995
Edilson Capetinha defendeu o Benfica na temporada 1994/1995. Foto: Reprodução

Quantos títulos tem Edilson Capetinha?

O ex-atacante conquistou 16 títulos em toda a sua carreira. Ele ganhou a Copa do Mundo (2002), Mundial de Clubes (2000), Brasileirão (1993, 1998 e 1999), Copa dos Campeões (2001), Campeonatos Paulista (1993, 1994, 1997 e 1999), Carioca (2000 e 2001) Baiano (2004 e 2007), e Copas Rio-São Paulo (1993) e Sul-Minas (2002).

Qual time revelou Edilson Capetinha?

Apesar de ser da Bahia, Edilson Capetinha iniciou a carreira no estado vizinho, o Espírito Santo, jogando no Industrial-ES – clube já extinto. Esse era um clube amador, que acabou se profissionalizando depois para jogar o Campeonato Capixaba.

Edilson chegou ao clube junto com seu irmão mais velho, que também jogou futebol. De lá, ele deu sequência na carreira defendendo o Tanabi, do interior de São Paulo.

A carreira de Edilson Capetinha

Depois de passar pelo Tanabi-SP, o atacante foi levado para o Guarani através de um olheiro. E foi ali que iniciou de vez a sua ascensão. Ele teve atuações de destaques no Bugre e acabou contratado pelo Palmeiras.

Na época, o Verdão tinha uma forte parceria com a Parmalat e isso resultou em um dos períodos mais vitoriosos da sua história. E o Capetinha estava lá, se mostrando um atleta importante para a equipe.

Foram três temporadas no Alviverde, com bicampeonato Paulista, da Copa Rio-São Paulo e um Campeonato Brasileiro. Ele ainda passou pelo Benfica, onde também teve uma boa passagem, mas durou apenas uma temporada.

Depois, retornou ao Palmeiras em 1995. No ano seguinte, Edilson Capetinha rumou para o Kashiwa Reysol, do Japão. Foram duas temporadas de muitos gols na “terra do sol nascente”, que chamou a atenção do Corinthians. Ali, iniciava uma grande história entre o atacante e o Timão.

Edilson Capetinha é ídolo do Corinthians. Foto: Divulgação/Corinthians

Edilson é um dos grandes ídolos da história do Corinthians. Seu estilo de jogo caiu nas graças da torcida alvinegra, principalmente por “gostar de jogo grande”. Ele chamava a responsabilidade antes dos clássicos, principalmente em duelos contra o próprio Palmeiras, numa rivalidade muito presente no fim dos anos 1990.

Ele provocava em campo, provocava antes do jogos e depois das partidas. Isso era parte do repertório de Edilson Capetinha. Um dos momentos icônicos contra o Palmeiras aconteceu na final do Campeonato Paulista de 1999.

Depois de vencer o jogo de ida por 3 x 0, o Timão segurou a vantagem e conseguiu um 2 x 2 na volta. Aos 31 minutos do segundo tempo, ao receber um passe na lateral do campo, Edilson começou a fazer embaixadinhas para provocar o Palmeiras.

Isso rendeu uma confusão generalizada, numa pancadaria entre o corintiano e o atacante Paulo Nunes, numa cena bastante lembrada até hoje. Detalhe que, apesar do desentendimento, os dois são amigos.

No Alvinegro, Edilson Capetinha também viveu um grande capítulo, que foi a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, em 2000. Ali, ele provocou o zagueiro Karembeu, do Real Madrid, que seria adversário do Timão. O ex-atacante disse que daria uma caneta no francês, e foi respondido pelo presidente merengue da época, que disse não conhecer o brasileiro.

Motivo suficiente para que o Capetinha fizesse uma partida incrível. Foi um empate em 2 x 2, mas os dois gols foram marcados por Edilson. Além disso, a tão prometida caneta saiu e o lance ficou eternizado na memória dos corintianos.

O Corinthians acabou conquistando o Mundial de 2000 em cima do Vasco, com o camisa 10 sendo eleito como o melhor jogador da competição. Ele também conquistou o Brasileirão de 1998 e 1999, além do Paulistão de 1999 pelo Alvinegro paulista.

Depois dessa passagem pelo Corinthians, Edilson Capetinha se transferiu para o Flamengo, onde seguiu com seus dribles desconcertantes e a irreverência de sempre. Foram dois anos, com a conquista de duas taças do Campeonato Carioca e a Copa dos Campeões.

Apesar de ter passado só dois anos no Rubro-negro, o atacante tem um carinho grande pelo clube, que também é retribuído pelo torcedor.

Edilson atuou pelo Flamengo em duas temporadas. Foto: Reprodução/Instagram de Edilson Capetinha (@edilsonjogador)

No decorrer da sua carreira, ainda teve um último momento de grande brilho, ao defender o Vitória em 2004. Foi quando, pela primeira vez, ele defendeu um clube de Salvador como profissional.

Edilson jogou ainda pelo Cruzeiro, Al Ain-EAU, Vasco, Bahia, São Caetano-SP e Taboão da Serra-SP. Curioso é que o Capetinha já tinha se aposentado em 2007, mas aceitou voltar a jogar em 2010 pelo Bahia, aos 39 anos, onde disputou o Campeonato Baiano.

Depois de ter aposentado novamente, aos 45 anos, em 2016, ele acertou com o Taboão da Serra-SP para jogar a Quarta Divisão do Campeonato Paulista. Ali foi o último ato de Edilson Capetinha profissionalmente.

O ex-jogador defendeu o Vasco na reta final da carreira. Foto: Reprodução/Instagram de Edilson Capetinha (@edilsonjogador)

Edilson Capetinha na Seleção Brasileira

O atacante baiano disputou, aos todo, 23 jogos oficiais pela Seleção Brasileira, além de ter marcado cinco gols. A estreia aconteceu em 1993, na disputa da Copa América. Depois, ele fez parte do ciclo para a Copa do Mundo de 2002 e agarrou a vaga para o Mundial.

Naquela Copa do Mundo, usando a camisa 20, Edilson foi acionado em quatro jogos, sendo um como titular, na vitória por 5 x 2 em cima da Costa Rica, na 3ª rodada da fase de grupos. Ao fim, sagrou-se campeão em cima da Alemanha, na última Copa conquistada pela Amarelinha.

Edilson Capetinha comemora o título do pentacampeonato do Brasil junto a Marcos e Luizão
Edilson Capetinha foi pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002. Foto: Reprodução/Instagram de Edilson Capetinha (@edilsonjogador)
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