
Marcos Braz concedeu entrevista coletiva nesta Quinta (21) (Foto: Twitter/Reprodução)
Dirigente do Flamengo alegou que foi ameaçado de morte por torcedor; Marcos Braz também foi questionado sobre ausência em votação na Câmara dos Vereadores
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, concedeu uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (21), para esclarecer os fatos relativos às agressões contra um torcedor que ocorreram na última terça-feira (19).
O dirigente se defendeu das acusações de agressão contra o entregador Leandro Gonçalves Júnior, afirmando ter sofrido ameaças. “Ele me ameaçou de morte. Falou que, se o resultado não viesse, a cobrança ia ser muito diferente”, afirmou.
De acordo com Braz, o episódio teve início dentro de uma loja, enquanto conversava com uma vendedora. Torcedores teriam se aproximado para cobrar resultados do clube, mas o cartola não teria retrucado.
“Eu falei várias vezes ao rapaz que eu estava com a minha filha. Eu peço desculpas a vocês, mas a última frase dele foi: ‘F*da-se a sua filha’. O final vocês viram”, alegou, indicando que os ânimos teriam se exaltado na sequência.
Em relação à mordida em Leandro, apontada no laudo do IML, o vice-presidente disse não se recordar do ocorrido. “Depois da última frase que ele falou, eu me lembro de pouca coisa”, afirmou.
Marcos Braz reforçou por diversas vezes que se enxerga como vítima no acontecimento: “Eu não tenho vergonha de ser vítima. Eu sou vítima sendo vereador do Rio de Janeiro, eu sou vítima sendo vice-presidente de futebol do Flamengo. Eu sempre sou xingado”, disse o dirigente. “Eu fui ameaçado de morte ao lado da minha filha de 14 anos. Minha filha também foi ameaçada”, completou.
Urgente! Marcos Braz, dirigente do Flamengo, foi cobrado por um torcedor do Fla e agrediu o rubro-negro. Testemunhas relatam que Braz está errado porque o agrediu. pic.twitter.com/wiboXAVGKz
— Venê Casagrande (@venecasagrande) September 19, 2023
Ausência na Câmara dos Vereadores
Marcos Braz também foi questionado sobre a ausência na Câmara dos Vereadores, onde deveria estar presente na tarde em que ocorreu a confusão. No dia, estava em votação um projeto para autorizar a tomada de um empréstimo de R$ 702 milhões pela Prefeitura do Rio de Janeiro no BNDES.
“Não fiz nenhuma ilegalidade”, defendeu-se Braz. “Eu fiz a opção de estar com a minha filha um dia antes. Uma filha que não mora comigo”, completou.
O vereador chegou a confirmar presença, mas não compareceu ao plenário. Em razão disso, o parlamentar terá o dia descontado na folha de pagamento.