
Divulgação/CSC
Defensor conversou com exclusividade com o Click Esportivo
Trezentos jogos. Sete temporadas. Doze gols. Os números, por si só, desenham o tamanho de Luiz Otávio dentro do Ceará. Um casamento que começou incerto, ainda em 2017, quando o zagueiro desembarcou em Porangabuçu por empréstimo, vindo do Angra dos Reis. A desconfiança, no entanto, durou pouco. O defensor ganhou espaço, assumiu a titularidade, se tornou capitão e caminhou rumo à idolatria.
Para seguir no Vozão em 2023, após o rebaixamento à Série B, o zagueiro se mostrou disposto a reduzir o salário. Permaneceu no intuito de ajudar a equipe cearense na luta pelo acesso. Que não veio. Em conversa exclusiva com o Click Esportivo, Luiz Otávio passou a limpo a atual temporada, os anos de Ceará, a relação com o torcedor alvinegro e até projetou a aposentadoria.
Abaixo, confira entrevista completa com o zagueiro do Ceará:
Você chegou ainda em 2017, como uma aposta, e agora está na oitava temporada consecutiva defendendo o Ceará. Você imaginava construir essa relação com o clube?
Cheguei pra construir algo bacana no clube, só não imaginava alcançar tudo que conquistei no Ceará e essa marca de 300 jogos. Aqui no Brasil é algo raro fazer esse número de partidas por uma equipe, e graças a Deus consegui chegar em alto nível.
Em que momento você percebeu que se tornou um ídolo do clube?
Quando você faz jogos marcantes, aumentando o número de jogos pelo clube, e ganhando títulos, isso faz o trabalho ficar em evidência.
Você recebeu propostas de outras equipes durante os últimos anos. O que fez você escolher seguir no Ceará?
Nesse tempo apareceram várias propostas que me balançaram, como o Flamengo em 2019, Bahia, Inter, Atlético-MG, outros clubes também. Mas acabei optando em ficar no Ceará. Sou grato ao clube.
Nesses anos de Ceará, você dividiu elenco com jovens atletas que subiram da base. Como você enxerga o seu papel de referência para esses jogadores mais novos?
Passo minha experiência a eles, tento fazê-los entenderem que o Ceara é grande, que permaneçam e façam história aqui, como eu fiz, e que demonstrem sempre gratidão por tudo que o Ceará faz por eles. Falo para trilharem o mesmo caminho que a gente tem andado.
Você já falou do desejo de encerrar a carreira no Ceará. O que representa para você poder encerrar esse ciclo no clube?
Tenho desejo de encerrar a carreira aqui, se for a vontade de Deus. Tenho muita lenha pra queimar, muita história pra escrever, estamos encaminhando para as coisas darem certo.
Como você avalia a sua relação com a torcida do Ceará?
Nossa relação sempre foi ótima, de muito respeito. As pessoas costumam me agradecer quando me encontram na rua. E eu faço isso também. Tenho muito amor, carinho e respeito pelo clube.
Qual o sentimento da temporada 2023 e o que corrigir para 2024?
Infelizmente não conseguimos alcançar a expectativa que colocaram em nosso elenco, um postulante ao acesso. Infelizmente não conseguimos figurar entre os quatro primeiros, falhamos muito nessa questão. Fica o aprendizado em alguns processos que precisam ser mudados pra que em 2024, o ano possa melhor e mais vitorioso.