Nadadora Joana Neves faleceu nesta segunda (18) (Foto: Ale Cabral/CPB)
Potiguar Joana Neves era uma das principais referências da natação paralímpica
A nadadora brasileira Joana Neves faleceu na madrugada desta segunda-feira (18), aos 37 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. A informação foi divulgada pela Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte (SADEF-RN), clube onde a atleta iniciou a carreira e que representava atualmente.
Na noite deste domingo (17), Joana se sentiu mal durante um treinamento e foi levada ao hospital, onde ficou internada. A atleta vinha sofrendo com episódios recentes de convulsão e estava realizando exames para detectar a possível causa.
Em nota, o Ministério do Esporte lamentou o ocorrido e saudou a carreira da nadadora. “Sua determinação e paixão pelo esporte, junto com o orgulho e bravura ao defender as cores do Brasil, vão continuar inspirando gerações. Neste momento de tristeza, reverenciamos o legado de Joana para o esporte brasileiro e desejamos conforto aos amigos, familiares e fãs”, diz um trecho da nota emitida.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também se manifestou. “Quanta gente se orgulhava com as conquistas da Joaninha. E quanta alegria ela nos deu. Ela era uma tremenda atleta. Que Deus, em sua infinita bondade, conforte o coração dos familiares e amigos”, declarou em nota Mizael Conrado, presidente da entidade.
NOTA DE PESAR – Falecimento de Joana Neves, medalhista paralímpica na natação.https://t.co/NngkgcnVar pic.twitter.com/wISA2iVXbJ
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) March 18, 2024
Carreira de Joana Neves, a Peixinha
Conhecida como Peixinha, Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio nasceu com acondroplasia, conhecida popularmente como nanismo, uma condição que afeta o crescimento dos ossos.
A princípio, a natação surgiu na vida de Joana como uma recomendação médica, mas não tardou para a potiguar tomar gosto e se transformar em uma das principais referências do país no esporte.
Ao longo da carreira, subiu ao pódio por 15 vezes em mundiais, tendo conquistado quatro medalhas e dois recordes batidos apenas em 2022, na última edição do torneio. Participou ainda de três Paralimpíadas, onde conquistou cinco medalhas. Em 2020, foi eleita Melhor Nadadora Paralímpica do Brasil no Troféu Best Swimming.
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