Duda Barrios/Stock Car
Campeão em 2021, paranaense garantiu o bi em domingo emocionante em Interlagos
Foi com mais emoção que ele esperava, mas Gabriel Casagrande confirmou o favoritismo e se tornou bicampeão da Stock Car Pro Series neste domingo (17), após duas corridas com um pódio e um final sem pontuação em Interlagos. Com a taça ao lado e o anel no dedo, o paranaense de 29 anos conversou com o Click Esportivo e comemorou o bicampeonato, que viu como uma “confirmação” de seu nome dentro da Stock, mas já sonhando com uma 3ª taça.
🎉 Gabriel Casagrande É BICAMPEÃO!! 🏆🏆
☝ Líder pela maior parte do campeonato, ele conquistou sete pódios e três vitórias durante a temporada!!#StockCarProSeries pic.twitter.com/Y1I872yjE1
— stock_car (@stock_car) December 17, 2023
Gabriel Casagrande
Depois do título, Gabriel Casagrande era só sorrisos. Ao fim da corrida, ele alinhou seu carro no espaço reservado para o campeão, subiu ao pódio para receber o troféu pelo 3º lugar na corrida e, depois, o de campeão. Após as entrevistas para a TV, ele subiu aos camarotes e colou a plaquinha com o seu nome na versão ampliada do troféu – coincidentemente ao lado da placa do seu título em 2021. E a partir daí, a festa foi no box da A Mattheis Vogel.
Foi lá que Gabriel falou do seu sentimento sobre o título: “Muito feliz, muito aliviado. O troféu é lindo, é muito pesado, mas muito feliz de poder erguer esse bicampeonato. É uma categoria competitiva demais, não à toa, tinham sete pilotos com chance de ser campeão, mas agora somos nós que vamos levar o troféu para casa e eu estou muito feliz com isso. Só tenho a agradecer à equipe por tudo que eles me proporcionaram e no ano que vem tem mais, com certeza”.
Voltando a comemorar um título da Stock Car após dois anos, o piloto comparou o sentimento de 2021 com o de agora. “É sempre muito bom. Confesso que, na 1ª, eu estava mais nervoso, agora eu consegui controlar um pouco mais o nervosismo, mas ele ainda existe. E se ele não existir, não vai ter graça competir”.
Ele continuou: “A gente vai continuar tentando controlar isso, mas sabendo que essa paixão, essa adrenalina pelo campeonato sempre vai falar mais alto. É isso que nos move, que nos faz ficar cada vez com mais vontade de vencer. Essa sensação é muito parecida. O 1º foi muito especial, esse 2º foi uma confirmação e se vierem outros, com certeza vão ter lugar no coração também”.
Por fim, questionado se já dava para sonhar com um tricampeonato em 2024, ele foi direto: “Com certeza, todo ano que começa, a ideia é ser campeão e a gente vai tentar de novo“.
A corrida e o título de Gabriel Casagrande
A etapa já começou com Gabriel Casagrande na liderança, com 16 pontos à frente de Daniel Serra e 33 sobre Felipe Fraga. E o sábado deixou o caminho mais fácil, já que esses principais adversários não conseguiram boas classificações e largaram em 8º e 26º, respectivamente, enquanto Casagrande ficou em 3º. Assim, o caminho se abriu mais para o paranaense. Ricardo Zonta, Rafael Suzuki, Thiago Camilo e Rubens Barrichello também disputavam o título.
Na corrida, o paranaense subiu para a vice-liderança ainda no início da prova, mas abriu a janela de boxes e acabou despencando no grid, mas conseguiu a ultrapassagem no fim da janela e passou Ricardo Zonta, que largou na pole e liderava a prova até então. Depois, Zonta e Julio Campos buscaram a ultrapassagem e o ex-Fórmula 1 venceu a corrida.
Gabriel Casagrande chegou em 3º, duas posições à frente de Daniel Serra, que se tornou seu único adversário para a 2ª corrida. A larga vantagem de 21 pontos fazia o paranaense ser campeão se terminasse entre os 18 melhores pilotos da corrida – o que ele não conseguiu. Ele largou em 8º, sofreu toques e despencou em três voltas para 23º – fora da zona de pontuação. Assim, Serra precisava só de uma vitória.
Mas o paulista, que largou em 6º, não conseguiu recuperar posições, foi atrapalhado pelo safety car no fim e terminou em 11º, confirmando o título de Gabriel Casagrande, que terminou em 21º. A campanha do bicampeonato teve três vitórias, sete pódios, duas pole positions, duas voltas mais rápidas e três votações de melhor piloto. Ao todo, foram 308 pontos para o campeão.
Com essa tensão na última corrida, Casagrande também avaliou a prova. “Eu fui conservador demais, confesso que não deveria ter sido tanto, mas fugi dos incidentes e fui controlando no rádio para saber onde o meu principal concorrente estava. Ele não chegou perto da pontuação que precisava para me tirar esse título. Então, foi comemorar antes mesmo da linha de chegada, eles já me avisaram que a corrida tinha terminado quando ele cruzou a linha de chegada, aí eu pude comemorar”.
