
Foto: Rafael Vieira/FPF-PE
Ao Click Esportivo, mandatário da Fera Sertaneja destrinchou os planos para um ano com calendário cheio
O Petrolina terá um 2024 especial. Isso porque, em um cenário atípico, o clube disputará três competições: Campeonato Pernambucano, Copa do Brasil e a Série D. O feito, naturalmente, exige planejamento. E já se trabalha assim no clube.
É o que garante o presidente do Petrolina, Jeferson Oliveira, em entrevista ao Click Esportivo. O dirigente detalhou todo o planejamento para o ano que vem e reforçou que a Fera Sertaneja vai jogar a Série D.
Desde que o Petrolina garantiu a classificação para a Série D de 2024 via Campeonato Pernambucano, deixando o Santa Cruz de fora, alguns comentários surgiram de que a Fera Sertaneja poderia desistir.
O mandatário do clube, contudo, garante: a Fera Sertaneja já está planejando o ano de 2024 e irá disputar a Série D.
Em 2023, vale relembrar, o Petrolina fez uma campanha histórica e avançou às semifinais do Campeonato Pernambucano. Na ocasião, a Fera Sertaneja perdeu por 2 x 0 para o Sport, na Ilha do Retiro, e se despediu do torneio.

Click Esportivo – Como anda o planejamento do Petrolina para o ano de 2024?
– O nosso planejamento começou quando acabou o Campeonato Pernambucano. É um ano cheio 2024, então é uma despesa maior. 80% do elenco está montado. Agora é trabalhar com 20%, que são aquelas peças diferenciadas. Vamos tentar achar no mercado.
O elenco, hoje, tem 20 jogadores com pré-contrato para 2024, incluindo os da base. Dia 1º de dezembro a gente quer ter o time todo treinando. Queremos um elenco com 30 jogadores.
Click Esportivo – O Petrolina busca parcerias com outros clubes do Nordeste para empréstimo de jogadores?
– Sim. Temos conversas com o Sport, inclusive tem jogadores (do Sport) que estão jogando Série A2 pelo Vitória de Santo Antão e que vamos olhar eles porque podem servir de empréstimos para a gente.
Vamos assistir o Campeonato da A2 para ver eles em campo e também observar outros jogadores, porque pode ser que a gente já consiga acertar um pré-contrato. A gente também teve uma conversa no Ceará, no Fortaleza, e com isso a gente pode já ir formando o elenco.
Click Esportivo – O Petrolina terá jogadores mais experientes e de um teto salarial maior?
– A gente tem esse planejamento de trazer jogadores mais experientes, mas que venham resolver em campo. A gente não quer trazer jogadores que não vamos usar. Queremos jogadores que façam o marketing, mas que resolvam dentro de campo. Temos dois, três tiros para jogadores com salários mais elevados.
Click Esportivo – E quanto será a folha do Petrolina para o Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil?
– O planejamento é na faixa da folha de R$ 150 mil. A gente tem esse dinheiro do Campeonato Pernambucano. Querendo ou não, tivemos causas trabalhistas de gestões anteriores que acarretaram agora. E estamos sanando essas causas.
A gente quer garantir o dinheiro para formar um elenco forte e quitar essas dívidas para não ficar com o bloqueio judicial. Esse dinheiro era de gestões anteriores, mas nunca tinha dinheiro em caixa. Agora, com dinheiro em caixa, todo mundo entrou para bloquear o dinheiro.
O débito é na faixa de R$ 647 mil. A gente tem esse dinheiro passando com as premiações, mas a gente precisa também do dinheiro para formar o elenco forte. A gente pretende, com fé em Deus, passar de fase (na Copa do Brasil) e fazer o caixa do clube.
Click Esportivo – E como o Petrolina busca receitas para o ano que vem, onde terá calendário cheio?
– Lançamos a rifa de uma moto que custa R$ 1,99, estamos com o sócio-torcedor pronto, esse mês de outubro começamos. E o restante é com o plano de mídia que estamos trabalhando no comércio.
A venda (das rifas) estava fraca, não deu aquela alavancada. Estamos correndo para movimentar isso até o mês e levantar algum dinheiro. A prefeitura ajudou esse ano e disse que ano que vem está com a gente também.
A gente tem um plano de mídias e estamos correndo atrás de parceiros que queiram estampar o patrocínio na camisa, é isso que vai ajudar a fazer o time para a competição.

Click Esportivo – Como você está vendo o desafio e a oportunidade de o Petrolina disputar a Série D e Copa do Brasil ano que vem?
– A Série D tem uma receita de R$ 100 mil por mês durante três meses. É um desafio a mais que a gente tem a Série D, porque querendo ou não é mais salário. A gente está trabalhando para não só disputar a competição, mas quem sabe brigar por um acesso à Série C.
Nosso projeto, se avançar na Copa do Brasil, é não gastar (no elenco) para a Série D, mas investir e elaborar o nosso CT. A gente tem um terreno e estamos tentando fechar a parceria para construir o nosso CT.
É um ano atípico (no ponto positivo). A gente tem a obrigação de manter o Petrolina em evidência. Chegar é mais fácil do que manter.
Click Esportivo – O planejamento financeiro, de início, foca apenas no Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil?
– A gente sabe que não pode dividir o dinheiro que a gente hoje para o Pernambucano e Série D. Série D a gente vai pensar depois do Campeonato Pernambucano.
Nossa obrigação é o Pernambucano e Copa do Brasil. Quando acabar essas competições, começamos a pensar na Série D. Vai ser um desafio enorme. Vamos pensar um de cada vez. A nossa principal competição é o Pernambucano, porque é quem dá vaga (na divisão) em 2025.
Click Esportivo – A gente leu, desde o início, alguns comentários de que o Petrolina desistiria da Série D. Existe essa possibilidade?
– Vamos jogar. Não queremos o mal do Santa Cruz. O Petrolina não tem nada a ver com a vaga que era do Santa Cruz. O Petrolina conseguiu a vaga.
