Fora de Campo

CEO da Udinese promete banimento vitalício para autores de racismo contra Maignan

Maignan foi vítima de racismo na partida entre Milan e Udinese, pelo Campeonato Italiano; clube alvinegro se posicionou e prestou solidariedade ao goleiro

Franco Collavino, CEO da Udinese (Foto: Divulgação)

Franco Collavino, CEO da Udinese (Foto: Divulgação)

Maignan foi vítima de racismo na partida entre Milan e Udinese, pelo Campeonato Italiano; clube alvinegro se posicionou e prestou solidariedade ao goleiro

O CEO da Udinese, Franco Collavino, prometeu a adoção de medidas duras para os autores das agressões racistas contra o goleiro Mike Maignan, no último sábado (20), na partida entre Milan e Udinese. Em entrevista à Sky Sport, o dirigente defendeu a adoção do banimento vitalício aos torcedores.

“Iniciamos esta colaboração já durante a partida e como clube estamos fortemente empenhados em identificar os responsáveis, ​​e faremos isso de maneira enérgica. Acreditamos que temos as ferramentas para punir os responsáveis, impedindo-os de entrar no estádio por tempo indeterminado”, declarou.

Para Collavino, a identificação deve ser facilitada em razão do esquema de segurança do estádio, que conta com um circuito de monitoramento. “Felizmente temos a oportunidade de trabalhar dentro de um estádio de última geração, com mais de 300 câmeras dentro e fora”, afirmou.

Daspo insuficiente

A legislação italiana compreende, desde 1989, um dispositivo chamado “Daspo”, que prevê uma punição de 1 a 5 anos e multa de até € 300 para torcedores flagrados em ações de violência. Apesar do uso inicial no universo esportivo, a iniciativa hoje se aplica também a contextos de crimes civis.

Porém, Collavino acredita que a punição é insuficiente. “O Daspo é uma medida administrativa de duração limitada, enquanto a sociedade tem condições de tomar medidas de duração mais longa . E dada a gravidade dos fatos, fazemos isso de bom grado”, disse.

Posicionamento da Udinese

Além do CEO Franco Collavino, o ex-jogador e dirigente da Udinese Federico Balzaretti também se posicionou sobre o ocorrido. “Estou aqui em Udine há meses e são pessoas extraordinárias. É o clube mais multiétnico possível, é uma cidade que dá exemplo de integração a todos e é claro que tomaremos medidas contra os responsáveis por estes gestos. Obviamente não são todos os torcedores os responsáveis”, declarou. O clube também emitiu uma nota oficial repudiando as ações e prestando solidariedade ao atleta. 

Confira, na íntegra, a nota da Udinese:

A Udinese Calcio lamenta profundamente e condena qualquer ato de racismo e violência. Reafirmamos a nossa aversão a qualquer forma de discriminação e expressamos a nossa profunda solidariedade ao jogador do AC Milan, Mike Maignan, face ao deplorável episódio ocorrido no sábado no nosso estádio.

A Udinese colaborará com todas as autoridades investigadoras para garantir o esclarecimento imediato do incidente, com o objetivo de adotar todas as medidas necessárias para punir os responsáveis.

Como Clube, continuaremos a trabalhar diligentemente, como sempre fizemos, para promover a diversidade e a integração de todas as etnias, culturas e línguas entre os nossos jogadores, funcionários, cidade e uma base de fãs que sempre demonstrou justiça.

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