
Superliga europeia terá que mudar de nome antes de estreia (Foto: Divulgação)
Superliga Dinamarquesa, criada em 1991, questionou uso do mesmo; pedido foi acatado por órgão de propriedade intelectual da União Europeia
A Superliga Europeia, que vem sendo alvo de grande polêmica desde a sua concepção, sofreu um novo revés antes mesmo de fazer a sua estreia. O Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) se posicionou favorável aos questionamentos da Superliga Dinamarquesa e impediu o registro do novo torneio com o mesmo nome.
“Superliga é uma marca comercial de propriedade conjunta de clubes dinamarqueses e, portanto, uma possível futura liga europeia não pode ser autorizada a registrar a marca”, diz um trecho do comunicado oficial emitido pelo torneio dinamarquês, que utiliza a nomenclatura desde 1991.
𝗣𝗿𝗲𝘀𝘀𝗲𝗺𝗲𝗱𝗱𝗲𝗹𝗲𝗹𝘀𝗲:
Supe.rligaen A/S bremser European Super League.
🔗 https://t.co/K6f7nK2vmF📷 Bo Amstrup/Ritzau Scanpix pic.twitter.com/gOCoSfHzCz
— 3F Superliga (@Superligaen) March 13, 2024
Ainda na mesma nota, o diretor da Superliga da Dinamarca, Claus Thomsen, aproveitou para criticar a criação da competição nos moldes em que foi projetada. “Sempre fomos contra o desejo dos grandes clubes de uma nova liga europeia. Acreditamos que deve haver abertura e qualificação para torneios internacionais de clubes, através de competições nacionais”, disse.
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“O futebol não deve ser uma festa fechada para clubes que não se atrevem a participar numa competição aberta. Então é claro que estamos muito felizes com esta vitória fora de campo”, completou Thomsen.
Torneio rodeado de polêmicas
Desde 2021, grandes clubes das principais ligas europeias vêm dialogando sobre a possibilidade de criação de um novo campeonato, semelhante à Liga dos Campeões, mas organizado de maneira independente, sem participação da FIFA e da UEFA. Como retaliação, as entidades cogitaram excluir de suas competições os clubes que participassem da iniciativa.
O principal argumento contrário à implementação da nova liga seria o enfraquecimento dos torneios nacionais, visto que a disputa classificatória para as competições da UEFA perderia a centralidade. “Nós avaliamos que as ligas nacionais perderiam 50% dos direitos audiovisuais”, declarou Javier Tebas, presidente da LaLiga, em uma entrevista em janeiro