
São Paulo conquistou título inédito da Copa do Brasil em 2023 (Foto: Marcello Zambrana/AFP)
Caso envolve dívida adquirida pelo zagueiro equatoriano Arboleda; após o título, São Paulo prometeu bonificação de R$ 20 milhões para atletas e funcionários
O juiz Raphael Pinto, da 4ª Vara Cível do Foro da Lapa, em São Paulo, decidiu no início da semana pela obrigatoriedade do São Paulo de definir uma data para o pagamento da premiação da Copa do Brasil de 2023, conquistada no último dia 24 de setembro. O processo foi movido pela empresa de agenciamento de carreira Kirin Soccer, com a qual o zagueiro Arboleda possui uma dívida. As informações são dos jornalistas Diego Garcia e Eder Traskini, do portal UOL.
Com o título da Copa do Brasil, o clube paulista arrecadou na competição, ao todo, cerca de R$ 88 milhões, sendo R$ 70 milhões apenas com a vitória na final.O montante foi dividido entre quitação de pendências financeiras com o elenco, compra de jogadores e o conhecido “bicho”, bonificação pela conquista do torneio. A diretoria tricolor prometeu um valor de R$ 20 milhões, a ser distribuído entre atletas e funcionários.
🥳 E hoje é aniversário do Arboleda!
🎉 Nosso zagueiro, que chegou ao Tricolor em 2017, celebra 3️⃣2️⃣ anos!
👏 Parabéns, Arbo! Feliz aniversário!
📸 Rubens Chiri / saopaulofc pic.twitter.com/kbLRTJGH8V
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) October 22, 2023
“Não é crível que o SPFC informe a este juízo que não há previsão quanto aos valores e data de realização de pagamentos devidos aos atletas oriundos do título da Copa do Brasil. Ainda que não tenha sido realizado o pagamento, é necessário que ao menos seja informado a este juízo alguma previsão de data de pagamento, bem como dos valores que seriam destinados ao executado nestes autos”, afirmou o magistrado em um trecho da decisão.
A cobrança da Kirin seria referente a um empréstimo de R$ 252 mil feito a Arboleda em 2021, que o atleta não teria pago. O valor exigido compreende os juros e a correção monetária. Em decisão anterior, o juiz já havia definido o bloqueio do valor a ser recebido pelo zagueiro, e posterior repasse à empresa.
Além do atleta equatoriano, a conquista da competição motivou cobranças judiciais referentes a pendências financeiras de outros jogadores tricolores, como Patrick, Gabriel Sara e Anderson Martins. Os valores cobrados chegam a mais de R$ 7,8 milhões.