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Saída do Pelotas, planos para virar treinador, salário atrasado e Santa Cruz: confira entrevista com Walter

Walter concedeu entrevista exclusiva ao Click Esportivo A saída recente do Pelotas fez com que o experiente Walter, de 33 […]

Walter foi anunciado no Pelotas ainda em maio, onde disputou cinco jogos Foto: Lucas Canez/E.C.Pelotas

Walter foi anunciado no Pelotas ainda em maio, onde disputou cinco jogos Foto: Lucas Canez/E.C.Pelotas

Walter concedeu entrevista exclusiva ao Click Esportivo

A saída recente do Pelotas fez com que o experiente Walter, de 33 anos, refizesse os planos para o fim da temporada de 2023. Ao longo de três meses, atuou em cinco jogos e não marcou gols.

Mas foi justamente com o pênalti perdido nas quartas de final da série A2 do Campeonato Gaúcho, que o jogador repensou os rumos no futebol. Com a saída do Pelotas, Walter acertou com o São Borja, clube da terceira divisão do Rio Grande do Sul.

Em entrevista ao Click Esportivo, Walter falou sobre a saída do clube, os próximos passos, desafio na carreira, estudo e eliminação do Santa Cruz na Série D.

Como aconteceu a sua saída do Pelotas? Se deu pelas ameaças dos torcedores depois que você perdeu o pênalti?

A verdade é que nem foi por isso que eu saí. Errei um pênalti e outros três erraram também. Só que, querendo ou não, o peso maior caiu para cima de mim. Por ser o Walter, ter um nome.

Eu ‘tava’ em um momento muito bom, tinha emagrecido, ‘tava’ muito confiante que ia fazer aquele gol de pênalti. Errei o pênalti e a maioria da torcida pegou muito no meu pé no Instagram.

Não fui só o Walter quem perdeu o pênalti. Quando perde, é o time em geral que perde. Só que eu, Walter, não tinha mais clima para ficar. Já estava naquele momento com a cabeça (pensando): “eu tenho que ir embora, tenho que sair daqui”.

Só que teve um jogo na quarta-feira, e dois, três torcedores vieram me xingar. Eu meio que bati boca com eles, ali. Mas aquilo (o bate boca) é muito pouco para ter saído. Foi uma escolha minha. Depois desse jogo eu tive uma reunião séria com o presidente. Ele tinha um projeto muito bom para nós, temos um carinho muito grande. Fiquei muito triste, ainda passa um filme com aquela imagem.

Quais são os seus próximos passos, agora com o São Borja?

Eu estou acertado com o São Borja, só que eu não assinei nada. Vou viajar para lá. Foi uma escolha muito difícil, vou sofrer um pouco com o frio, o meu joelho doi muito.

Com todo respeito, eu ainda vou ver a estrutura, condição de treino, de academia. Eu vou ser o primeiro a olhar isso. Se eu perceber que não tem uma estrutura, que não dá para trabalhar, eu pego as minhas coisas e venho embora.

Apareceram outras coisas para mim, mas eu já tinha dado a minha palavra para o presidente. Apareceu uma proposta do Maranhão e de Goiânia.

A de Goiânia eu não achei muito boa, financeiramente. A do Maranhão era muito boa, mas eu tinha dado a minha palavra ao São Borja e o campeonato lá só teria um mês, o que era curto. O São Borja vai ter três meses ainda de campeonato. A minha apresentação é no dia 7 de setembro e eu viajo no dia 6.

Qual foi o seu maior desafio ao longo da carreira?

O meu desafio maior é o meu peso. Sem dúvidas. Foi o que me atrapalhou em muitas coisas. Sempre foi difícil na minha carreira, sempre foi difícil na minha vida.

Você sempre falou sobre as suas dificuldades por não ter estudado e o quanto isso te atrapalhou na carreira. É uma vontade sua voltar a estudar? 

É muito triste falar isso, mas é a real, eu não tinha o costume de gostar de estudar. Isso me atrapalhou muito na carreira. Fui roubado, não sabia ler e nem escrever direito.

O meu sonho é me formar, ser um treinador de futebol. Eu estou estudando e fazendo curso para isso. Mas sem dúvidas, o estudo eu sinto falta. Se fosse para voltar no tempo, o primeiro foco que eu teria seria o estudo. Por isso que eu falo para todos os meninos que eu converso: quer ser jogador de futebol? primeira coisa que você tem que fazer é estudar.

Você teve uma passagem recente pelo Santa Cruz. Vendo agora o time, sem calendário nacional para 2024, qual o sentimento?

Quando eu saí do Santa Cruz, a nossa equipe deixou a Copa do Brasil, pré-Copa do Nordeste e Série D. O conselho que eu dou para o Santa Cruz é tirar as pessoas que estão lá. Esse diretor [Zé Teodoro] tem que sair. Tem que fazer uma limpeza, focarr no Pernambucano e pré-Copa do Nordeste.

Tá sem divisão? começa do zero, faz um projeto, mostra para os jogadores. Pensa nos dois campeonatos, é isso que eles têm para jogar. Focar naquilo que vai jogar. A torcida é gigante, o Santa Cruz não pode estar desse jeito, sem calendário.

O erro foi dos jogadores, que perderam aquele jogo para o Íbis. Não existe perder o jogo para o Íbis. Dentro de casa, cheio de torcedor. Não existe.

Walter comemora gol pelo Santa Cruz
Walter comemora gol em sua passagem pelo Santa Cruz. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz

Walter, como foi a sua saída do Afogados, último time pernambucano pelo qual você passou?

O Afogados está me devendo três meses [de salário]. Está na justiça, teve audiência no dia 9 de agosto, eu ganhei. Vai ter uma segunda agora dia 2 de setembro. Eles disseram que não tem condições de fazer acordo.

Walter em treino no Afogados durante sua passagem pelo times do interior de Pernambuco
Walter em sua passagem pelo Afogados. Foto: Ítalo Soares/Afogados
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