Divulgação/Red Bull Racing
Apesar dos resultados esportivos, RBR sofre crise interna e de imagem
A tensão criada após a denúncia de má conduta sexual do chefe da Red Bull, Christian Horner, pode gerar repercussões ainda maiores. Nesta segunda-feira (4), a tradicional publicação alemã Auto Motor und Sport apontou a possibilidade de Max Verstappen largar a equipe para assumir o lugar deixado por Lewis Hamilton na Mercedes.
Após uma investigação interna, a Red Bull inocentou Horner das acusações, mas o fim de semana de GP do Bahrein foi marcado por um e-mail anônimo com supostas provas do caso de assédio, o que reacendeu o caso. O documento foi enviado para jornalistas especializados mundo afora, além de nomes importantes da Fórmula 1, como dirigentes e chefes de equipe.
A origem incógnita desse e-mail também vem alimentando tensões e especulações. O pai de Max, Jos Verstappen, negou ter sido o remetente, mas afirmou que a Red Bull vai “explodir” se Horner ficar, e Helmut Marko, consultor e peça histórica da equipe, também teceu críticas a Horner. Também no fim de semana, Jos foi visto conversando com Toto Wolff, chefe da Mercedes, no paddock do Bahrein.
Por parte da Red Bull, a turbulência pode gerar mudanças intensas. A equipe está dividida sobre a manutenção de Christian Horner, chefe do time desde sua criação, em 2005. O seu nome tem gerando divergências entre a parte austríaca e a parte tailandesa da empresa, com os europeus defendendo a troca e os asiáticos querendo mantê-lo.
Mas há relatos de que as tensões na Red Bull já se estendem desde o ano passado. A publicação italiana Formula Passion deu conta que tudo começou após uma tentativa de compra de parte da equipe a partir de Horner, com ajuda de financiadores britânicos. A tratativa não agradou os austríacos e gerou a clara cisão em torno do seu nome, ainda antes do escândalo recente.
Max Verstappen e as saídas da Red Bull
Entre as informações difusas, já se fala sobre uma possível saída do projetista Adrian Newey, considerado um dos maiores engenheiros da história da Fórmula 1. Além disso, quem também pode estar sob risco é a Ford. Após muitos anos longe da F1, a empresa estadunidense vai assumir o fornecimento de motores para a equipe a partir de 2026, em um novo projeto que estaria sendo questionado.
Verstappen tem contrato com a Red Bull até o fim da temporada 2028 e a saída para 2025 significaria uma quebra de contrato com quatro anos de antecedência. Não há informação sobre cláusulas de liberação. O negócio, claro, segue sendo visto como improvável.
Do lado alemão, a Mercedes está perdendo Lewis Hamilton um ano antes do fim do contrato, rumo à Ferrari. Assim, o time procura um novo parceiro para George Russell com Sainz, Ocon, Albon, Pérez, Bottas, Gasly, o jovem Andrea Kimi Antonelli e, agora, Verstappen aparecendo entre os cotados.
🗞️| Helmut Marko responde os rumores de que Max Verstappen poderia deixar a Red Bull:
“No que me diz respeito: Se ele quiser ir não vou atrapalhar”. pic.twitter.com/HBRzXXWBCe
— Portal RBR Brasil 🇦🇹🇧🇷 (@BRredbullracing) March 4, 2024