
Aleksander Ceferin, presidente da UEFA (Foto: Julien de Rosa/AFP)
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, anunciou nesta quinta-feira (8) que não tentará se reeleger ao término de seu mandato, em 2027.
“Decidi há cerca de seis meses que não queria me candidatar em 2027”, explicou Ceferin, que assumiu o cargo em 2016, após a renúncia de Michel Platini.
“O motivo é que, depois de um certo tempo, cada organização precisa de sangue novo, mas principalmente porque fiquei longe da minha família durante sete anos”, acrescentou.
O anúncio foi feito poucos minutos depois de uma votação do Congresso da Uefa em Paris que aprovou uma mudança nos estatutos da entidade e tornava possível a candidatura do dirigente esloveno para um quarto mandato em 2027.
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A disposição foi aprovada por dois terços dos votos, tal como estabelecem as normas da Uefa.
O texto não retira o limite de três mandatos, uma das principais medidas tomadas em abril de 2017 por Ceferin, após a onda de escândalos que levaram a restrições similares na Fifa e no Comitê Olímpico Internacional (COI).
No entanto, a emenda especifica que essa regra, válida para todos os membros do Comitê Executivo, não leva em conta os mandatos “que começaram antes de julho de 2017”, o que teoricamente permitiria a Ceferin, reeleito em 2023 para um terceiro mandato, se candidatar em 2027 para permanecer no cargo até 2031.
💬 President Aleksander Čeferin’s speech at #UEFACongress celebrated 70 years of European football, highlighting the need to protect the model that has kept it successful for so long.
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— UEFA (@UEFA) February 8, 2024
Aleksander Ceferin (56 anos), advogado de profissão, teve que lidar com várias crises desde 2016, a mais importante delas o projeto da Superliga apresentado por 12 grandes clubes europeus em 2021.
Embora os idealizadores tenham desistido diante dos protestos e da mobilização política, o projeto recuperou força após a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que em dezembro considerou que as regras da Uefa relativas à autorização de outros torneios como a Superliga Europeia eram contrárias ao direito de concorrência.