
Gianni Infantino, presidente da FIFA (Foto: Eva Marie Uzcategui/Getty Images via AFP)
Novos casos de racismo ocorreram no futebol italiano e inglês; presidente da FIFA defendeu medidas mais duras
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, utilizou as redes sociais, neste sábado (20), para se manifestar sobre novos episódios de racismo no futebol europeu. Os casos ocorreram contra o goleiro Maignan, na partida entre Milan e Udinese pelo Campeonato Italiano, e contra o meia Kasey Palmer, no jogo entre Coventry e Sheffield Wednesday na segunda divisão do futebol inglês.
Infantino defendeu que o clube dos torcedores autores das agressões seja considerado derrotado na partida. “Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas”, diz um trecho da nota.
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A partida entre Milan e Udinese foi paralisada por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, após Maignan relatar ao árbitro os insultos sofridos. Os times chegaram a abandonar o campo, retornando depois de cinco minutos.
No comunicado, o presidente da FIFA defendeu ainda a implementação de medidas mais profundas para o combate ao racismo. “Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade”, disse.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, defende que seja imposta derrota automática à equipa cujos adeptos entoem insultos racistas e provoquem o abandono de um jogo. pic.twitter.com/X5eOtHwlQT
— B24 (@B24PT) January 21, 2024
Confira, na íntegra, a nota do presidente da FIFA:
Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!