Tênis de Mesa

Melhor paratleta do ano, Bruna Alexandre sonha com vaga olímpica depois de fazer história no Pan: “Chegar cada vez mais longe”

Mesatenista foi a 1ª paratleta a participar do Pan-Americano convencional Quando lembrarmos das grandes histórias de Santiago 2023, poucas receberão mais […]

Bruna Alexandre com troféu do Prêmio Paralímpicos 2023

Divulgação/CPB

Mesatenista foi a 1ª paratleta a participar do Pan-Americano convencional

Quando lembrarmos das grandes histórias de Santiago 2023, poucas receberão mais destaque que Bruna Alexandre, a 1ª paratleta a disputar o Pan-Americano. Na última quinta-feira (14), a mesatenista ganhou mais um reconhecimento na carreira e foi escolhida como a melhor paratleta do ano no Prêmio Paralímpicos. Depois da solenidade, ela falou com o Click Esportivo e garantiu que o foco agora está na vaga olímpica.

Bruna Alexandre

Além da participação nos Jogos Pan-Americanos, em sua edição convencional, Bruna Alexandre foi além em 2023, garantindo a medalha de bronze por equipes, ao lado das irmãs Bruna e Giulia Takahashi. Além disso, ela foi ouro nos Abertos Paralímpicos da Tailândia, Eslovênia, Brasil, Itália, Espanha e França. Isso fora outras disputas no esporte olímpico e paralímpico – tudo isso à base de muito treino.

“Estou trabalhando dobrado, quando eu não estou no paralímpico, estou no olímpico. Mas eu estou gostando muito desse desafio. O olímpico está me ajudando muito no paralímpico também. Cheguei dos Jogos Pan-Americanos, fui direto para a França jogar o Aberto Paralímpico e ganhei de todo mundo, ganhei das chinesas, só perdi um set no campeonato inteiro”.

Assim, Bruna Alexandre se disse grata por poder competir contra atletas sem deficiência. “Realmente, o olímpico está fazendo muita diferença para mim. Consegui jogar de igual para igual com todo mundo. É muito gratificante para mim jogar com uma pessoa com dois braços e mostrar que tudo é possível quando você joga de igual para igual. Isso não tem palavras que expresse”.

E foi assim, encarando os adversários de igual para igual, que a mesatenista quebrou várias barreiras que ela sequer imaginava. Assim, Bruna disse que já não sabe mais até onde pode chegar. “Eu já fiz essa pergunta para mim. Hoje, eu vejo que não tem limite, acho que posso chegar cada vez longe. Não fico sonhando tanto, tem que sonhar aos poucos, mas depois dos Jogos Pan-Americanos, eu não sei mais nada”.

Apesar disso, os objetivos para 2024 já estão bem traçados para Bruna Alexandre, e, claro, envolvem Paris. “Espero que em 2024, eu consiga buscar a medalha de ouro no individual dos Jogos Paralímpicos e tentar a vaga para os Jogos Olímpicos também”.

Mesatenista Bruna Alexandre nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2021
Rogério Capela/CPB

O prêmio de Bruna Alexandre

Esse é o 7º troféu do Prêmio Paralímpicos na estante de Bruna Alexandre. Ela venceu como melhor atleta do tênis de mesa em 2012, 2013, 2014, 2021, 2022 e 2023 e, agora, foi escolhida como melhor atleta do ano pela 1ª vez. Com todas essas conquistas, ela já era apontada como favorita, mas ainda assim, se disse surpresa com a premiação.

“Eu ganhei o prêmio de melhor atleta do tênis de mesa e não esperava que ia ganhar o de melhor atleta feminina. A concorrência é muito grande no Brasil, o esporte paralímpico tem muitos atletas fortes, profissionais, tanto no paralímpico, como no olímpico também, e estou muito feliz de estar aqui representando o tênis de mesa paralímpico”.

Empolgada com a conquista, a catarinense agradeceu e afirmou se tratar de um sonho. “Queria também agradecer por todo apoio que eu estou tendo a confederação e do Comitê Paralímpico Brasileiro. Não cheguei aqui sozinha, foram muitos anos de trabalho e hoje estou realizando mais um sonho, nunca imaginei que eu ia ser a melhor atleta feminina e estou realizando mais esse sonho“.

Com apenas seis meses, Bruna Alexandre teve o braço direito amputado por causa de uma trombose, depois de uma injeção mal aplicada. A entrada da catarinense no tênis de mesa aconteceu aos 12 anos, por influência do irmão, em competições para atletas sem deficiência. O paradesporto apareceu apenas dois anos depois.

Mesatenista Bruna Alexandre em jogo do Aberto Paralímpico de Paris 2023
Miriam Jeske/CPB
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