
Willian e Eto'o chegaram ao Chelsea em agosto de 2013 (Foto: Glyn Kirk/AFP)
Possíveis irregularidades financeiras teriam ocorrido na gestão de Roman Abramovich no Chelsea; atletas não teriam envolvimento
A Premier League está investigando possíveis violações de regras financeiras envolvendo as contratações do brasileiro Willian e do camaronês Samuel Eto’o pelo Chelsea. Ambos chegaram ao elenco dos Blues em agosto de 2013, ainda sob a gestão do bilionário Roman Abramovich, vindos do clube russo Anzhi Makhachkala.
De acordo com o jornal inglês The Times, a suspeita levantada pela liga inglesa é de que entidades russas não identificadas tenham recebido pagamentos indevidos pela transação dos atletas, sem que estes tivessem qualquer envolvimento ou ciência. As organizações em questão seriam offshores, empresas criadas nos chamados “paraísos fiscais”. Willian teria custado £ 30 milhões aos cofres do Chelsea, enquanto Eto’o chegou sem custo, em razão do fim de seu contrato anterior.
Em 2022, Abramovich foi forçado a vender o clube por causa de sanções do governo do Reino Unido por suas ligações com o presidente russo Vladimir Putin, após o início da guerra na Ucrânia. As apurações então tiveram início quando os novos proprietários forneceram voluntariamente à Football Association os relatórios financeiros de anos anteriores.
As investigações seguem em andamento. Em nota, o Chelsea informou que pretende continuar colaborando com as autoridades. “Durante o trabalho de diligência anterior à conclusão da compra do clube, o grupo proprietário tomou ciência de potenciais relatórios financeiros incompletos, sobre o histórico de transações. O clube tem assistido proativamente os reguladores nas investigações e vai continuar assim”, diz o comunicado.
Consortium led by Todd Boehly and Clearlake Capital completes acquisition of Chelsea Football Club.
— Chel.sea FC (@Chel.seaFC) May 30, 2022