Futebol Internacional

UEFA autoriza participação de equipes de base da Rússia em torneios continentais

Equipes estavam impedidas de disputar competições desde o início da guerra na Ucrânia; em nota, UEFA afirma que crianças não devem ser punidas por ações de adultos

Equipes de base russas poderão participar de torneios da UEFA (Foto: RFU/Divulgação)

Equipes de base russas poderão participar de torneios da UEFA (Foto: RFU/Divulgação)

Equipes estavam impedidas de disputar competições desde o início da guerra na Ucrânia; em nota, UEFA afirma que crianças não devem ser punidas por ações de adultos

A UEFA divulgou, nesta terça-feira (26), que irá readmitir a participação de equipes russas, de categorias de base, em torneios continentais sob sua administração. A medida se estende às modalidades masculina e feminina de clubes e seleções.

A reinserção acontece cerca de um ano e sete meses depois da suspensão, ocorrida logo após a invasão militar da Rússia ao território ucraniano.

Para tanto, serão impostas algumas condições: quando mandantes, os jogos serão realizados em território neutro; durante as competições, não serão utilizados quaisquer símbolos referentes ao país, sejam bandeiras, hino nacional ou cores.

 

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“Ao banirmos as crianças das nossas competições, não só deixamos de reconhecer e defender um direito fundamental ao seu desenvolvimento holístico, como também as discriminamos diretamente” disse o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

“Ao proporcionar oportunidades para jogar e competir com os seus pares, estamos a investir no que esperamos que seja uma geração futura mais brilhante e mais capaz, bem como um amanhã melhor”, completou o dirigente.

 

Confira o comunicado oficial da UEFA:

Readmissão de equipas jovens russas

A UEFA foi a primeira entidade desportiva a reagir à guerra na Ucrânia e agiu de forma imediata em Fevereiro de 2022, suspendendo todas as equipas russas das competições europeias, removendo eventos agendados para o país, como a final da UEFA Champions League, em São Petersburgo, e a Supertaça Europeia, em Kazan, para além de ter cancelado o contrato de patrocínio com a Gazprom.

No entanto, a UEFA também está ciente de que as crianças não devem ser punidas por ações cuja responsabilidade cabe exclusivamente aos adultos e está firmemente convencida de que o futebol nunca deve desistir de enviar mensagens de paz e esperança. É particularmente lamentável que, devido ao conflito persistente, uma geração de menores seja privada do seu direito de competir a nível internacional. Por estas razões, o Comité Executivo da UEFA decidiu que as equipas russas de jogadores menores de idade serão readmitidas nas suas competições no decorrer desta temporada.

A este respeito, o Comité Executivo solicitou à administração da UEFA que propusesse uma solução técnica que permitisse a reintegração das equipas russas Sub-17 (tanto femininas como masculinas), mesmo quando os sorteios já tenham sido realizados. Todos os jogos das seleções russas serão disputados sem a bandeira do país, o hino, as cores nacionais e os jogos caseiros serão em território neutro.

Ao mesmo tempo, o Comité Executivo reiterou a sua condenação da guerra ilegal da Rússia e confirmou que a suspensão das restantes equipas russas (clubes e seleções) permanecerá em vigor até ao final do conflito na Ucrânia.

O Presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, disse: “A suspensão contínua da UEFA contra equipas russas na categoria sénior reflete o seu compromisso de tomar uma posição contra a violência e a agressão. A UEFA está determinada em manter esta posição até que a guerra acabe e a paz seja restaurada. Mas ao banirmos as crianças das nossas competições, não só deixamos de reconhecer e defender um direito fundamental ao seu desenvolvimento holístico, como também as discriminamos diretamente. Ao proporcionar oportunidades para jogar e competir com os seus pares estamos a investir no que esperamos que seja uma geração futura mais brilhante e mais capaz, bem como um amanhã melhor”.

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